Em 04 de Janeiro de 1894, foi inaugurada a Estação Ferroviária de Gravatá, onde há cerca de 120 anos Gravatá recebia o desenvolvimento através de trilhos.
A linha férrea em Pernambuco teve um papel primordial na ampliação da economia, política, crescimento populacional e disseminação da cultural na região.
Pouco tempo após conquistar sua emancipação Gravatá recebia da empresa Great Western o caminho que mudaria totalmente sua trajetória no cenário do estado e nacional, desde já entrava para História, estava recebendo a tecnologia Inglesa de transporte que se encontrava em ascensão na Europa, América do Norte e começando a ganhar espaço no Brasil.
A linha férrea começou sua expansão ao interior do estado especificamente para região do agreste em 1881, o ponto referencial era a capital pernambucana onde ficava a sede da empresa Inglesa, o trajeto que ligava Recife ao município de Bonança foi inaugurando em 1885, que foi considerado como primeiro trecho do projeto. Um ano depois passava pela cidade de Vitória e chegaria a Pombos.
No ano de 1887 chegava a Russinhas que nesse período era considerado território do município de Vitória de Santo Antão. Por incrível que pareça os trilhos do desenvolvimento só chegaria a Gravatá em 1894, foram sete anos para solucionar as adversidades do trajeto de Russinhas para Gravatá, as principais causas era a dificuldade de acesso, Gravatá é rodeada pelo Planalto da Borborema com serras de altitudes elevadíssimas compostas por rocha sólida assim havendo a necessidade de perfurar vários túneis, construção de viadutos e pontilhões de ferro.
Em consequência da dificuldade exposta à empresa responsável pelo projeto contratou o geólogo norte-americano John Casper Branner, foi responsável por estudos das rochas da localidade, assim orientando os melhores percursos para obra. Um dos mais importantes personagens desse projeto no estado pernambucano não era inglês nem tão pouco norte-americano, mas sim, um brasileiro responsável pelo projeto de tal envergadura, o engenheiro Eugênio de Melo que ficou ao seu cargo toda a responsabilidade de projetar a estrada, túneis, pontilhões e viadutos.
Graças a Great Western, Eugênio de Melo, John C. Branner e todos os trabalhadores com seus esforços, coragem e dedicação ariscaram suas vidas para trazerem os trilhos que mudariam beneficamente a vida das pessoas, economicamente, socialmente, politicamente, culturalmente dos que residiam nesse período e os que atualmente residem.
Atualmente desativada a Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), carrega uma carga grandiosa de significado histórico, patrimonial e cultural nessa cidade importantíssima no cenário estadual, nacional e internacional.
Deixou de receber trens de passageiros em 1996, usada apenas para receber o Trem do Forró, sendo definitivamente desativada em 2000. Nesse mesmo ano foi reformada e em 2001 passou a funcionar como Estação do Artesão, local onde até hoje a Associação de Artesãos de Gravatá expõe e comercializa seus produtos. Encontra-se em bom estado de conservação e em processo de tombamento pela FUNDARPE.
Localizada no Pátio de Eventos da Cidade, aberta diariamnete das 09:00 ás 17:00